Erasmo Portavoz

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Viagem ao centro do homem

Quem é você, seu homem?
Ainda não sabe o que fazer, o que ser
Vive procurando encontrar necessidades
Causando conflitos da alma
Enganando a si mesmo por poder
Fingindo que nunca vai morrer

Mas quem é você, seu homem?
Você que acorda tarde por causa dos sonhos
Mas se desengana pela realidade
Não existe um instante que não deseje
O que te leva a crer é a dor
O que te leva a existir é teu consumo

Mas quem é você, seu homem?
Conquistou o mundo e não se conheceu
Destruiu o próprio ninho de morada
Caminhou e apagou seu rastro
Comeu até matar alguém de fome
Maquiou-se de hipocrisia mórbida

Mas quem é você, seu homem?
Tu és humano demais pra ser animal
Pequeno demais pra ser um deus
Inútil demais pra ser necessário
Sujo demais para brilhar no breu
Egoísta demais pra admitir tudo isso